domingo, 30 de novembro de 2008

Amor Imortal

Vindo do céu
Um raio
Uma luz
Em duas me partiu
Sem ferir
Sem doer
Uma se deita
Inerte, calada
A outra se move
Precisando viver

A que vive
Enterra a que morreu
Com suas dúvidas
Dores e pudores
Deposita-lhe
As últimas flores
Para enfeitar-lhe
O silêncio
Desse amor
Que já viveu

Junto com ela
Estarão enterradas
As fotos
Os sorrisos
Os abraços
Que um dia foram laços
A que vive ainda respira
Sublime e bem mais viva
Tatuada pela vida
Desse amor imortal



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