quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Mosaico de Amor

Tão opostas
E ao mesmo tempo
Tão iguais
As versões de mim
Nas emoções reais
Essa alma
Que sorri
Ao ver-te chegar
É a mesma
Que chora
De saudade
Quando precisas
Ir embora
Contudo não há
Diferença
Em cada parte
Sou mosaico
Pedacinhos que formam
O todo que sou
Fragmentado
Colorido e colado
Pela arte do Amor.



Eterna Juventude


Desejas a juventude
Que escoa de tua vida
A todo instante
Sem que percebas
Deixando as tuas memórias
Vivas e pulsantes
Como se repeti-las
Devolvesse-lhe
O tempo perdido

Cada tempo
Trás sua própria beleza
Seja aos vinte
Aos quarenta
Ou noventa
O que importa
É a tua lucidez
Que há de florescer
Em tua sensatez

Não deixes, portanto
Que tua experiência
Seja o monstro
Debaixo da cama
Que temias na infância
Saibas que em ti
Amo tudo
E, sobretudo
Teus cabelos grisalhos

Coração de Poeta

Gritam as palavras
Em minha alma
Apossando-se dessas mãos
Para organizá-las

Sou poeta
Instrumento vivo
Do amor que cultivo
Para eternizá-las

São histórias, pensamentos
Alicerces da existência
Manifestação do divino
Na invisível essência

Cessam as palavras
Um instante, um momento
Coração de poeta é oceano
Ondas em constante movimento